quinta-feira, 28 de março de 2013

Sobre MegaRex e as crônicas do cotidiano

 "O MegaRex foi formado em lugar incerto, em data não lembrada.
 A banda teve mais de 436 formações, o que causou pequenas deformações genéticas ao longo do tempo. Já fizeram parte da banda grandes nomes como Aloísio Celso Pereira de Costa e Silva, José Fernando Cunha Pontes Pedrosa do Carmo, e Nikolai Alexander Bratchonetchenko Nunes.
 O MegaRex teve reuniões com praticamente todos os empresários e gravadoras do Brasil, e todos demonstraram profundo interesse na banda. No entanto, ninguém mexeu uma palha, transformando esse parágrafo em informação absolutamente desnecessária.
 O quarteto participou de grandes Festivais brasileiros, como o Prêmio VISA de Compositores e o Festival da TV Cultura.
 O caminho independente se tornou obrigatório para a banda, que conta com VOCÊ para apresentá-la ao vizinho, sobrinho ou colega de trabalho.
 Os fãs que apresentarem o MegaRex para mais gente concorrerão à 10 calendários com fotos de gatos siameses."

 É assim que a banda nacional de rock independente se apresenta. O MegaRex é formado por "Conde Flavio di Marchesã" (cordas vocais, baixaria, teclas) Marco Camarano (guitas elétricas e acústicas, segunda vóish)Paulinho Barizon (ritmista) e já realizou diversos shows em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

 Meu Primeiro contato com o grupo foi pelo programa Domingão do Faustão, da rede globo. Não sou grande fã do programa, apesar dele fazer parte das minhas jantas aos domingos. Apesar dos cortes e comentários desagradáveis de Fausto Silva, a banda conseguiu chamar minha atenção. Com letras bem humoradas, guitarras distorcidas e um pouco de tudo, o MegaRex já agregou vários fãs pelo Brasil - a partir de shows, programas de televisão e, principalmente, da Internet.
 Marco Camarano, integrante da banda, diz: “Nosso som é bem diferente, mas temos a mesma ideologia: colocamos a mão na massa pra fazer acontecer e nossas músicas podem ser baixadas gratuitamente pela Internet, bem democrático”

                                             "El Fuca Vermejo" no Domingão do Faustão

 Todo o material da banda está disponível gratuitamente para download na página do MegaRex e para ser ouvida na página da banda no SoundCloud.

 A preferência pela mistura de arranjos e letras bem humoradas já são apresentadas na primeira faixa do álbum. Ensinando que, no mundo da música, tem que misturar, se não misturar tudo fica sem graça, o conjunto cria uma grande música de apresentação para o público: Misturada.

 "Quem não gosta de mistura e acredita em coisa pura
saiba que um dia água e óleo vão se misturar
É só ver a natureza, a diferença é a beleza
Peixes de um milhão de cores nadando no mesmo mar
E quem não quiser olhar vai sofrer até cansar
Ideia nova em cuca dura bate, bate até entrar
Se não quiser desistir, vai bater até cair
porque rapadura é doce, mas é dura de quebrar"



 Flavio Marchesin, integrante da banda, citou que “as letras das músicas são como crônicas que retratam, com humor bem afiado, situações do cotidiano”. 
 É dentro dessas crônicas do cotidiano que se encaixa Homem Stress. A banda paulistana retrata o cotidiano de um homem de negócios da capital.

"Tá atrasado, corta pela contramão
Fecha o vidro, tá com medo de ladrão
Buzinando pra mostrar qual é que é
Pra mostrar pra todo mundo tudo aquilo que não é"



 É na oitava faixa do álbum que, na minha opinião, o lado bem humorada da banda é mais expressivo. Na grande faixa The Repente, MegaRex cria situações totalmente inusitadas que envolvem descasos amorosos, desculpas inconsistentes e cadelas no cio.

"Eu disse: "não fique na rua, a casa é simples mas é sua,
veja como a linda Lua alegra nossa união"
Ela quis se desculpar pois o motivo de ali estar
era apenas pra perguntar sobre o futuro de meu cão
Carmela estava no cio, e logo que Jacinto a viu
olhou pra ela e sorriu, então partiu para cruzar
Nunca entendi essa história, ficou presa na memória
Ao invés de conquistar a glória colhi um drama pra contar"



 Crônicas do cotidiano: o álbum também conta com certas críticas em relação a maneira de agir com outros indivíduos. É ensinando a admirar a diferença que existe em outro povo, outra vida, outra crença que MegaRex cita a falta de respeito e do amor do tipo Phlia entre os indivíduos em NegroO Texugo Venâncio.

 "Mas quem ensina a admirar a diferença 
que existe em outra vida, outra beleza outra crença 
Todos presos dentro da mesma doença 
Com medo de enxergar o que não é igual"





"Só porque és maior, não penses em desrespeitar-me
Não é pela corneta que se julga o alarme
Todo seu tamanho não impede que me vingue
Davi deitou Golias com um golpe de estilingue"





 O álbum também conta com um grande cover da música John, the Fisherman (YouTube) da banda americana de rock alternativo Primus. Esta é João, o Pescador.



 E não tem como citar a banda sem falar de El Fuca Vermejo No Mi Atropellará Jamás, cantado em portunhol, que  fez sucesso com o videoclipe bem humorado no YouTube.



 Falando em crônicas do cotidiano, não tem como não citar também a grande influência da Internet, que é exposta em Santo.com, outra música da banda a ganhar um videoclipe.

 


 Se interessou pelo trabalho da banda? Dê uma passada em http://www.megarex.com.br/
 Como já foi dito em outra postagem,  a facilidade de acesso que a Internet proporciona abre possibilidades para novos artistas produzirem seu material e divulga-lo, independente de grandes produtoras, e para os amantes da música terem acesso a esse material. Eles estão por aí, nessa profusão de possibilidades que a Internet nos oferece - basta o artista saber como atrair ouvintes e divulgar seu material. O MegaRex (e O Terno, assunto de uma postagem passada) são exemplos de conjuntos nacionais que conseguem fazer isso com grande maestria.


 Comentários, sugestões, pedidos e críticas sempre são bem vindos!
 Para dar a sua opinião sobre as postagens que você acabou de ler, comente. Todos os comentários serão lidos pelos administradores do blog. Uma boa páscoa até a próxima! 


sábado, 23 de março de 2013

Sobre "My Head Is an Animal" (Of Monsters and Men, 2011)

 Formado em 2010 na Islândia, o conjunto de Indie Folk Of Monsters and Men vem ganhando reconhecimento dentro do mercado musical internacional.
Capa de My Head Is an Animal (2011)
 Comparada com outras bandas do mesmo gênero, como Edward Sharpe and the Magnetic Zeros e The Lumineers, o conjunto consegue assimilar características da música popular islandesa com o pop, criando um estilo marcado pelos sons de metais, do acordeon, do violão e dos contagiantes "La lá la lá" e "Hey! Hey!" - o que se escuta, principalmente, em Lakehouse (YouTube).
 Os instrumentos que são utilizados, em conjunto com a voz doce de Nanna (vocalista da banda), criam uma musicalidade contagiante. Os temas abordados também conseguem levar o interlocutor para lugares fantásticos a partir de uma viagem totalmente inesperada em My Head Is an Animal.

 Já na primeira faixa do disco se percebe essa preferência por lugares fantásticos. "Dirty Paws" narra uma guerra entre criaturas da floresta e máquinas assassinas. Essa aventura é protagonizada por um personagem com as "patas sujas" e um "casaco viloso" (provavelmente uma raposa) - "Her dirty paws and furry coat. She ran down the forest slope"
A história lembra as narrativas épicas de Tolkien - há a presença de "talking trees" - e o Romantismo dos contos de fadas dos Irmãos Grimm.

               

 "Little Talks", sexta faixa do álbum, pode ser considerado sua peça central. Foi o primeiro single da banda, sendo, assim, a primeira música deles a ganhar um videoclipe. No entanto, a música que toca no videoclipe da Vevo foi editada e as partes de solo de trompete (ou saxofone, não sou bom para distinguir esses instrumentos) foram cortadas! - O que, na minha opinião, fez falta. 
 Aqui vai o link para a música completa: (YouTube)
 A música provavelmente fala sobre um casal em que o homem está morto e aparece como um fantasma que tenta se comunicar com sua mulher, porém ela não consegue ouvi-lo. Há um diálogo entre essas duas personagens (interpretado, no vocal, por Nanna e Ragnar). O homem aparece como uma espécie de anjo protetor da figura feminina.

 " (Ela): I don't like walking around this old and empty house
  (Ele): So hold my hand, I'll walk with you, my dear
  (Ela): Some days I can't even dress myself
  (Ele): It's killing me to see you this way
  (Ela): The stairs creak as I sleep, it's keeping me awake
  (Ele): It's the house telling you to close your eyes"
  (...)
  So listen to a word I say (Hey!)  
  The screams all sound the same (Hey!)
  Though the truth may vary
  This ship will carry
  Our bodies safe to shore"

 A casa vazia (empty house) é uma referência que representa a ausência do homem. Perceba como ele responde todas as falas da personagem feminina, no entanto ela não consegue ouvi-lo, já que ele está morto. 
 No final ela percebe que ficar se lamentando a perda não mudaria o rumo dos acontecimentos. Agora ela deve continuar vivendo sem ele, afinal, eles se encontrariam novamente algum dia

 "You've gone gone gone away
   I watched you dissapear. 
  All thats left is a ghost of you
  Now we're torn torn torn apart, 
  Theres nothing we can do.
  Just let me go, and [we'll] meet again soon"

  
 De maneira geral, o álbum é carregado dessas histórias fantásticas com personagens fictícios e lugares exóticos. Os videoclipes de "Little Talks" (acima) e "King And Lionheart" (YouTube) mostram bem essas características.
 Outras faixas que também chamaram minha atenção foram "From Finner" (YouTube), uma espécie de canção de piratas islandeses que usa o oceano como pano de fundo com o mar salgado, as gaivotas, as ondas e a saudade de estar em casa. Em "Your Bones" também há a preferência por espaços e acontecimentos exóticos quando narra a vida de uma tribo de índios nômades no começo da primavera.

 Of Monsters and Men é mais um conjunto de rock independente que vem ganhando reconhecimento e que cresceu com a ajuda, principalmente, da Internet e da profusão de possibilidades que ela oferece. "My Head Is an Animal" é um dos meu álbuns favoritos - tanto pela temática abordada quanto pela bela parte instrumental.

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domingo, 10 de março de 2013

Versões estrangeiras de músicas brasileiras

 Ultimamente eu tenho visto muitas postagens sobre versões brasileiras de músicas internacionais, aí veio a ideia de inovar. Que tal fazer um post sobre versões estrangeiras de músicas brasileiras? Talvez seja interessante...
 Vou postar aqui versões gringas de músicas bem conhecidas; aquelas que sempre tocam na rádio, naquele filme nacional ou naquela novela das oito.




 Já pensou em uma cantora de Singapura gravando uma versão de "Garota de Ipanema"? Provavelmente não...
  Em seu primeiro álbum, "A Girl Meets Bossanova", Olivia Ong lança essa bela versão da música de Vinícius de Moraes e Tom Jobim: "The Girl From Ipanema".
 A música já foi regravada por outros artistas internacionais, como Frank SinatraAmy Winehouse e Stevie Wonder, mas a versão que mais me encantou foi a de Olivia. Com a voz doce, ela consegue pegar o verdadeiro espírito da Bossa nessa bela versão de Garota de Ipanema.
 "
So dance so samba. So dance so samba. Bye, bye, bye, bye, bye."



 O Beirut é uma banda de rock independente que vem ganhando lugar entre as grandes bandas internacionais. Com influências da música cigana do leste europeu, o conjunto já gravou três álbum de estúdio - cada álbum uma viagem inesperada para mundos (ou músicas) totalmente diferentes.
 Em homenagem a Caetano Veloso, a banda regravou uma versão de "O Leãozinho" (cantada em português!) para o álbum "Red Hot + Rio 2", que conta com a participação de vários artistas.
 A Red Hot é uma organização sem fins lucrativos que, desde 1989, arrecada fundos para investir na luta contra a AIDS.
 "Parra de se intriticer, leãozinho"



 Pouco antes de morrer por consequência do câncer, George Harrison gravou uma versão em  ingês do clássico de Los Hermanos, "Anna Julia".
 Jim Capaldi, baterista da banda Traffic, era casado com uma carioca chamada Anna e, depois de ouvir a música de Los Hermanos, decidiu gravar sua própria versão. Foi na Inglaterra, junto com George Harrison, que a ideia se tornou realidade.
 Após a morte de George, Jim Capaldi tocou a música no concerto "Concert for George", em homenagem ao músico.
 "Can't you hear that lonely symphony. It's playing just for me."



 "Brasil, meu Brasil Brasileiro. Meu mulato inzoneiro"
 A banda canadense de rock independente Arcade Fire gravou uma versão da canção "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso.
 Diferente das outras versões já gravadas da música, a versão do Arcade Fire se apresenta com um sentimento lúgubre, triste. Talvez seja isso que se destacou em "Brazil", do álbum "Funeral".
 "There's one thing I'm certain of; Return I will to old Brazil... Brazil"

  Você acabou de se lembrar de outra música que não está no post? Concorda com o que foi escrito? Discorda? 
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quarta-feira, 6 de março de 2013

Sobre "Illinois" (Sufjan Stevens, 2005)

 Se ouve falar muito sobre as dificuldades que as grandes produtoras e a indústria musical passam atualmente. São problemas relacionados à pirataria e à facilidade que há em ter acesso ao material que elas buscam lucrar sobre. 
 Por outro lado, essa facilidade de acesso abriu possibilidades para novos artistas produzirem seu material e divulga-lo, independente de grandes produtoras, e para os amantes da música terem acesso a esse material. Eles estão por aí, nessa profusão de possibilidades que a Internet nos proporciona - basta o artista saber como atrair ouvintes e divulgar seu material.
 O conceito de "Rock independente" (ou "Indie Rock") pode variar muito. Ele é atribuído à esses artistas que, independente de grandes gravadoras, produzem seu material e o distribuem pelos mais variados meios de comunicação, como o rádio, a televisão e, principalmente, a Internet.
 Em âmbito nacional, a MTV Brasil vem abrindo possibilidades para esses artistas independentes, o que se percebe principalmente no VMB - Video Music Brasil - premiação que, ano passado, contou com indicados como Vivendo do Ócio, Vanguart, Mallu Magalhães, Clarice Falcão, Cícero, entre outros.



Arte de capa de Illinoise (2005)
 É em meio a essa profusão de possibilidades um tanto confusa que surge o álbum Illinois (também conhecido como Illinoise ou Sufjan Stevens Invites You To: Come On Feel the Illinoise).
 Sufjan Stevens buscou produzir uma homenagem ao estado americano de Illinois, retratando toda a sua história - há referências sobre datas comemorativas, políticos, personagens históricos, assassinos, pontos turísticos e até casos de avistamentos de OVNI's.
 O álbum conta com um estilo folk (a música popular estadunidense) combinado com um jazz e algumas músicas acompanhadas de coro ou uma pequena orquestra.

 Assim como Chicago pode ser considerada uma das principais cidades do estado de Illinois, "Chicago" pode ser considerada a peça central desse álbum.
 Nela o protagonista participa de uma viagem pelas grandes cidades dos Estados Unidos, primeiramente Chicago e depois Nova York. 
 Esse personagem passa por uma série de problemas e decide não enfrenta-los, em vez disso ele muda de cidade e iniciar uma nova vida. Ele tem uma visão idealizada dessas cidades - em sua imaginação, elas são lugares onde tudo é possível e todos são felizes, porém quando ele chega nesses locais, ele percebe que essas imagens só existiam em seus pensamentos. "I drove to New York (...) Was in love with the place. In my mind, in my mind
 Em um segundo momento a letra da música ganha um efeito triste, pois esse personagem percebe que aquela imagem de cidade perfeita não passava de uma utopia. Ele não teria total liberdade e controle de seus problemas só porque agora ele se mudou para essas cidades. "If I was crying. In the van, with my friend. It was for freedom. From myself and from the land"
 No entanto, em um terceiro momento, esse personagem volta a ter um pensamento positivo e percebe que em nenhum lugar ele viveria da maneira utópica como ele imaginava. 
 Devemos ser realistas e tentar agir para tornar a nossa vida melhor, independente do lugar em que vivemos.  
 Nenhuma cidade - assim como o mundo - não são perfeitos. Depende do ponto de vista de cada um de nós para tornar esse lugares melhores, não se preocupando com os problemas, pois esses acontecimentos são passageiros. "I made a lot of mistakes (...) You came to take us (All things go, all things go). To recreate us (All things grow, all things grow)"


 "John Wayne Gacy (17 de março de 1942 - 10 de maio de 1994), foi um assassino em série americano, conhecido como o "palhaço assassino" atuava no estado de Illinois. Acusado de matar pelo menos 29 garotos, foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte." (Wikipédia)

 "John Wayne Gacy, Jr." é a quarta faixa do álbum. Pode parecer estranho escrever uma música sobre um assassino psicopata. Como Sufjan Stevens aborda o tema? Provavelmente ele condenou John Wayne Gacy Jr como a pessoa mais terrível que já existiu, lamentou as mortes, gritou por justiça. Coreto?
 Muito pelo contrário. Sufjan escreve a música a partir de uma perspectiva cristã de que todos os homens são iguais perante Deus. Esse psicopata cometeu uma série de atrocidades, porém esses atos têm uma origem no passado do assassino, em sua infância. Ele foi uma criança que tinha um "pai que bebia demais e uma mãe que chorava enquanto dobrava as roupas de John Wayne e assistia seu marido bater no filho". "His father was a drinker. And his mother cried in bed. Folding John Wayne's t-shirts .When the swingset hit his head"
 Não é porque John Wayne pecou em vida que isso faz de sua alma menos importante que a dos outros. O estado de alma de todos os homens são iguais, afinal, no fim todos os pecados serão perdoados. "And in my best behavior. I am really just like him. Look beneath the floor boards. For the secrets I have hid" - esse verso diz tudo. (Algo como: "E no meu melhor comportamento. Eu sou realmente como ele. Olhe por baixo as tábuas do assoalho. Para os segredos que lá estão escondidos.")


 O álbum conta com outras grandes músicas, como "Jacksonville" ou "Casimir Pulaski Day", (todas fazendo referência ao estado de Illinois) e algumas que não passam de vinhetas instrumentais que sucedem as canções. Se você se interessar por conhecer o álbum completo, ele está disponível no YouTube:


 Oservações sobre as músicas:
 
A primeira faixa do álbum, "Concerning the UFO Sighting Near Highland, Illinois" (algo como "Sobre o Avistamento de OVNI próximo Highland, Illinois"), se refere a um avistamento de OVNIs em massa que ocorreu no estado norte-americano. O documentário "Caçadores de OVNIs" (UFO Hunters), da History Channel, já fez um episódio a respeito do ocorrido. (Link para vídeo no YouTube)

 A sexta faixa do álbum, "A Short Reprise for Mary Todd, Who Went Insane, but for Very Good Reasons", se refere a Mary Todd Lincoln, esposa de Abraham Lincoln, legislador do estado de Illinois. Ela acabou ficando doida por consequência da morte de seus dois filhos e marido.
 A décima faixa do álbum, "Casimir Pulaski Day", se refere a um feriado do estado de Illinois.

 Você tem algo a mais para comentar sobre o álbum? Concorda com o que foi escrito? Discorda? Já conhecia outras músicas do artista?
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sábado, 2 de março de 2013

Weird Al Yankovic: A arte de parodiar

Weird Al Yankovic

 A definição de "Paródia", segundo o Wikipédia: "A paródia é uma imitação cômica de uma composição literária (também existem paródias de filmes e músicas), sendo portanto, uma imitação que possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes. (...) Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria."



 Sem mais muitas definições, assista a uma paródia que Weird Al Yankovic fez de uma música bem conhecida do grupo americano grunge, Nirvana:
 


 Acima, clipe original de "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana. Abaixo, clipe de "Smells Like Nirvana", paródia de Weird Al Yankovic.



 Weird Al Yankovic consegue criar paródias tão bem trabalhadas que, para se ter uma ideia, para a gravação de "Smells Like Nirvana", Weird Al e sua banda fizeram questão de gravar o videoclipe utilizando o mesmo cenário onde o Nirvana gravou o clipe da música original. Eles também chegaram a contratar os mesmos atores que contracenaram com o Nirvana. (Sim, o faxineiro com um ar misterioso que aparece no videoclipe do Nirvana é o mesmo faxineiro que, vestido com um tutu, dança balé no videoclipe de Weird Al)

 O videoclipe de "Smells Like Nirvana" tem todos os elementos que o classificam como uma paródia: O líder de torcida gordinho, o homem sem noção vestido de terno na plateia, as pessoas sendo atiradas de uma lado para outro, o faxineiro de tutu, as escoteiras vendendo biscoito e minha parte favorita, o épico solo de gargarejo feito por Weird Al (Hehe, essa parte é demais)
 Existem fãs do Nirvana (ou "fãs de Smells Like Teen Spirit") que odiaram a paródia de Weird Al, o que para mim não faz sentido. A música não é nada ofensiva em relação a banda, ela só interpreta a música de uma maneira cômica. O próprio Kurt Cobain, cantor e compositor do Nirvana, afirmou que a paródia de sua música ficou hilária.

 Aqui vão outras paródias de 
Weird Al muito bem trabalhadas:
 - "Amish Paradise(paródia de "
Gangsta's Paradise", do rapper Coolio)
 - "Fat" e "Eat It" (paródias de "Bad" e "Beat It" de Michael Jackson)

 - "Bob" (paródia de "Subterranean Homesick Blues", de Bob Dylan)
 - "Lasagna" (paródia de "La Bamba", de Ritchie Valens)
 - "Canadian Idiot" (paródia de "American Idiot", do Green Day)
 - "CNR" (paródia de "The Denial Twist" e "Dead Leaves and the Dirty Ground" do The White Stripes)

 - "A Complicated Song" (paródia de "Complicated", de Avril Lavigne) - Essa é hilária
 - "I'll Sue Ya" (paródia de "Bombtrack" e "Killing In The Name", do Rage Against The Machine) - Eu vou processar a Panasonic, eles nunca me disseram que eu não deveria usar o micro-ondas deles para secar o meu gato
 - "Perform This Way" (paródia de "Born This Way" de Lady Gaga) - Weird Al ironiza a maneira ousada - e um tanto bizarra - de Lady Gaga se vestir e atuar em seus clipes


Hello
 O que é mais engraçado, na minha opinião, são as entrevistas de Weird Al com vários famosos. Na verdade não são entrevistas reais, mas apenas montagens feitas com partes de outras entrevistas realizadas com essas pessoas, sempre passando um efeito cômico.
 Assista a entrevista de Weird Al com Paul McCartney:
  



Animação de Weird Al para o episódio "That 90's Show",
dos Simpsons.
 Weird Al também conseguiu o que eu considero como atingir o ápice da fama: ele apareceu eu um episódio dos Simpsons. 

 Espero terem gostado. Você tem algo a mais para comentar sobre a publicação? Concorda com o que foi escrito? Discorda? Já conhecia outras paródias do artista?
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