quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sobre "2" (Black Country Communion, 2011)




Não galera, não é uma banda country. Muito pelo contrário! O Black Country Communion é um desses "super groups" de rock, assim como o Chickenfoot, mas isso é assunto para outro post. Os integrantes impõem respeito: Glenn Hughes no baixo e vocal principal (ex Trapeze, Deep Purple e Black Sabbath), Joe Bonamassa na guitarra (um dos melhores na atualidade, para mim)  e vocal secundário, Jason Bonham na bateria (sobrenome bem conhecido, seu pai era baterista do Led Zeppelin) e Derek Sherinian no teclado (ex Alice Cooper, Kiss e Dream Theater). Os nomes falam por si. Vale um Google aí.

2 é o segundo álbum do grupo (super grupo, aliás), que está junto desde 2009. O primeiro foi Black Country e o último Afterglow. 2 é uma tremenda evolução de seu primeiro trabalho. O entrosamento da banda melhorou, as músicas estão mais definidas. Não que Black Country seja ruim, é ótimo. Hughes possui a autoria da maioria das músicas, o vocal principal também. Bonamassa surge em uma faixa ou outra.

O álbum como inteiro tem uma ótima qualidade, mas três músicas, para mim, despontaram. São coincidentemente as 3 primeiras faixas do álbum. A primeira, "The Outsider", começa forte, chega a ser convidativo. Riffs muito bem definidos, acompanhado de uma letra, digamos, intimidadora: "I'm the keeper/Know my name/Kill the reaper/Feed the flame/I'm a rider/Blood red sky/I'm the outsider/'til i die" (sou o guardião/saiba meu nome/mate o ceifador/alimente a chama/sou o piloto/no céu vermelho de sangue/sou o forasteiro/até eu morrer). O sentido da letra condiz realmente com a situação da banda na época, um tempo de renovação, por conta da evolução sobre o disco anterior.


A segunda,"Man In The Middle", mantém a pegada forte e de qualidade, com um refrão bem marcante. Ganhou um clipe muito bacana. A letra parece retratar um sujeito no meio de uma confusão, uma indecisão (Tell me can/Can you cry me a riddle), mas acabou não fazendo a melhor escolha, mas acabou nem se dando conta disso. Minha favorita do álbum.


Ah, as guitarras de 12 cordas... Humberto Gessinger faz belo uso delas, Bonamassa também. Na terceira faixa, "The Battle For Hadrian's Wall", o vocal fica por sua conta. Até aqui é a mais calma do álbum. A "Muralha de Adriano" é uma fortificação no Norte da Inglaterra, construída pelo imperador Adriano entre 122 e 126 DC, com a finalidade de proteção contra tribos da Escócia. A letra possivelmente retrata uma batalha ocorrida ali.

O disco alcançou a 71ª posição nas paradas americanas. Sua turnê passou primeiramente pelos Estados Unidos e depois pela Europa. Desses shows surgiu o DVD Black Country Communion: Live Over Europe. Ahh, mas isso foi em 2011! O terceiro disco da banda saiu ano passado: Afterglow. Tema para um post futuro, talvez.

2 comentários: